O colecionismo filatélico não envolve somente os selos postais. Qualquer documento produzido pelos correios relacionado com as comunicações postais pode ser reunido e estudado em uma coleção. Um desses tipos de documentos é chamado inteiro postal. Segundo a definição feita por Meyer (2012), os inteiros são suportes feitos em papel para a redação e o envio de correspondências, que já possuem o selo postal impresso, coerente com o porte ao qual o inteiro postal está destinado.
Os bilhetes postais são exemplos de inteiros postais. Eles foram inventados durante o século 19 e a maioria possui as dimensões de um cartão postal comum. No Brasil, eles foram criados em 1880, nos valores de 50 e 80 Réis. Os bilhetes postais podem ser simples ou duplos, como no caso desta postagem. Os bilhetes postais duplos têm um espaço destinado para a resposta, paga previamente pelo remetente (MEYER, 2012).
Descrição.
Bilhete postal duplo, sem resposta redigida e enviada, circulado entre as cidades de Colônia (10/07/1940) e São Paulo - sem data de chegada registrada -, com trânsito pela cidade do Rio de Janeiro (19/09/1940). O valor pago pelo remetente, 15 Pfg., corresponde ao porte para bilhetes e cartões postais enviados para o estrangeiro (Ausland). Após ser despachado para o Brasil, o conteúdo do bilhete foi checado pelo serviço de censura postal, conforme comprova o carimbo de censura vermelho aplicado sobre o nome dos destinatários do bilhete.
Figura 1: frente do bilhete postal, onde é possível ver o carimbo de censura postal. Coleção: Wilson de Oliveira Neto (ex-Geraldo Mendes da Silveira).
Figura 2: verso do bilhete postal, onde é possível ver o carimbo de trânsito pela cidade do Rio de Janeiro: Coleção: Wilson de Oliveira Neto (ex-Geraldo Mendes da Silveira).
Figura 3: espaço do bilhete postal reservado para a resposta. Coleção: Wilson de Oliveira Neto (ex-Geraldo Mendes da Silveira).
Referência:
MEYER, Peter. Catálogo de selos do Brasil 2013: completo de 1648 - 2012. 58. ed. São Paulo: Editora RHM Ltda, 2012.
