O genocídio judeu, entre 1933 e 1945, é um dos fenômenos históricos mais marcantes do século 20. Resumidamente, ele consistiu na identificação, na reunião e no extermínio de, aproximadamente, seis milhões de judeus na Europa pelos nazistas e seus colaboradores existentes nos países ocupados durante a Segunda Guerra Mundial (1939 - 1945). Os campos de concentração foram parte da estrutura construída para viabilizar o genocídio (CARNEIRO, 2002)
O Gueto/Campo de Terezín.
Terezín é o nome de um pequeno município localizado na República Checa, próximo à capital Praga (Praha, em checo). Ele surgiu a partir de uma fortaleza militar construída durante o século 18, no contexto do governo do imperador Habsburgo José II e das guerras entre o Império Habsburgo e o Reino da Prússia (CHLÁDKOVÁ, 2005).
Durante a Segunda Guerra Mundial, o território checo esteve sob ocupação militar alemã. O município de Terezín foi transformado em um gueto/campo de concentração, que funcionou entre os anos de 1941 e 1945, quando, no dia 10 de maio, foi libertado pelo Exército Vermelho, conforme registra Ludmila Chládková (2005).
A vida cotidiana em Terezín foi muito dura e precária. Ao longo da guerra, morreram cerca de trinta e cinco mil prisioneiros, entre os quais jovens e adultos, homens e mulheres. "The overall balance was shattering: including the dead from the evacuation transports in the end of the war, in Terezín died in all 35 000 prisoners" (CHLÁDKOVÁ, 2005, p. 24).
As crianças de Terezín.
Entre 1944 e 1945, milhares de crianças judias foram deportadas, junto com seus pais ou oriundas de orfanatos, para Terezín. No campo, apesar de todas as dificuldades e de toda a violência, as lideranças judaicas procuraram manter uma improvisada rotina de educação formal, através de espaços denominados "Heime". Cada Heim atendia de 20 a 30 crianças e jovens com até 14 anos de idade. Lá, eram ministradas ilegalmente aulas e demais atividades intelectuais, tais como leituras, debates e dramatizações teatrais. Chládková (2005) menciona até práticas esportivas.
Os cartões postais a seguir, foram produzidos a partir dos desenhos feitos por crianças judias prisioneiras em Terezín, durante suas atividades escolares no campo. A maioria dos autores dos desenhos foi morta no complexo de campos de exertmínio de Auschwitz, em 1944. Não é conhecido o número de total de desenhos produzidos pelas "crianças de Terezín". Porém, há preservado no Museu Judeu de Praga uma coleção de quatro mil desenhos que documentam, através do olhar da criança, o drama e a violência do Holocausto (CHILDREN'S DRAWINGS FROM THE TEREZIN CONCENTRATION CAMP, s.n.t.).
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Referências.
CARNEIRO, Maria Luiza Tucci. Holocausto: crime contra a humanidade. São Paulo: Ática, 2002
(História em Movimento).
CHILDREN'S DRAWINGS FROM THE TEREZIN CONCENTRATION CAMP. s.n.t.
CHILDREN'S DRAWINGS FROM THE TEREZIN CONCENTRATION CAMP. s.n.t.
CHLÁDKOVÁ, Ludmila. The Terezin Ghetto. Terezín: s.n., 2005.
Hitler seria um anticristo exterminando os judeus?
ResponderExcluirPrezado Hermes.
ResponderExcluirMuito obrigado pela visita ao blogue e pelo comentário. Adolf Hitler foi uma homem como você e eu que, a partir de uma série de circunstâncias históricas, tornou-se o protagonista de um dos maiores desastres da humanidade. Neste sentido, não creio que ele foi um anticristo ou algo do gênero. Inclusive, este conceito não existe para os judeus, cuja tradição não envolve Cristo.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirExcelente matéria e belos desenhos, em momentos de 'lazer'.
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