Filatelia é o nome dado à prática de colecionar e estudar selos e demais documentos ligados à comunicação postal. Embora o selo postal tenha sido inventado na Inglaterra, em 1840, os objetos de coleção e estudo filatélicos abrangem períodos anteriores à emissão do Penny Black inglês. Nesse sentido, destaca-se um campo da filatelia conhecido como História Postal.
O filatelista e/ou historiador postal não está preocupado apenas com os selos postais, mas com os diversos aspectos históricos ligados aos serviços de correios ao longo do tempo. Logo, a história postal é uma área de pesquisa que possui inúmeras possibilidades, como por exemplo, a comunicação postal na época do Império Romano, transcrita a seguir.
A comunicação postal no Império Romano.
"Numerosas cartas eram trocadas entre os romanos: cartas de negócios, cartas particulares e, à falta de jornais, cartas para estar a par dos acontecimentos.
"Os bilhetes eram escritos em tabuinhas, que se devolviam, escrevendo nelas próprias as respostas. Para as certas, o material utilizado era o papiro. Cartas e bilhetes eram atados com um fio e lacrados.
"A correspondência oficial circulava rapidamente, sobretudo quando o Correio Imperial foi criado. Os particulares davam um jueito de fazer suas cartas chegarem ao destino, quer por intermédio de portadores (mercadores, amigos, funcionários, etc.), os quais, aliás, podeiam demorar, quer no caso de possuírem grande número de escravos, por meio de escravos que faziam as vezes de correio, quer enfim tratando'se de Roma e seus arredores, entregando-as a moços de recado (tabellari)" (BORNECQUE e MORNET, 1976, p. 171).
O Correio Imperial.
"O Correio Imperial (cursus publicus), reservado, em princípio aos empregados do Estado, fazia cerca de 150 km por dia; as empresas particulares de transporte eram muito numerosas, mas seus postos de muda eram mais espaçados e só viajavam durante o dia, de modo que não ultrapassavam 60 km diários. Só os ricos, que possuíam liteiras, cavalos, carruagens e postos de muda próprios iam depressa" (BORNECQUE e MORNET, 1976, p. 170).
Abreviaturas usadas no começo das cartas romanas:
S. D. - salutem dicit;
S. P. D. - salutem plurimam dicit;
S. V. B. E. - si uales, bene est;
E. V. - ego ualeo.
Referência.
BORNECQUE, Henri; MORNET, Daniel. Roma e os romanos: literatura, história, antigüidades. São Paulo: Editora Pedagógica e Universitária LTDA; Edusp, 1976.
Interessante mesmo meu amigo. Os selos foram creados em 1840, mas nunca devemos ometir que a comunicaçao se me permito "postal" é muito mais velha.
ResponderExcluirSimbolos seja eles em papel, pergaminho, tabuas, pedras e outros. A comunicaçao é a base "primata" e pré tudo. Pois estes documentos, se assim podemos dizer são também meios de comunicação que pegou com o tempo e a evolução muitos caminhos, cartas, telefones, internet. Sem querer misturar tudo, mas sem pelo mesmo esquecer das origens.
Obrigado mais uma vez pelas palavras e por compartilhar por meio deste blog, aqui temos outro meio de comunicaçao...
Abraços